Nos tempos atuais, observo uma transformação significativa no universo da comunicação. Antigamente, grandes emissoras de TV e rádio blindavam seus conteúdos, armadas com os direitos autorais. Era uma era onde a exclusividade reinava, protegendo não apenas o conteúdo, mas a marca em si. No entanto, essa realidade tem se alterado rapidamente. Agora, testemunhamos programas de TV e rádio ganhando vida nova em canais digitais, quase imediatamente após sua transmissão original.
Você me pergunta, “Mas como assim?”
Atualmente, quando um canal digital recorta uma entrevista de um determinado canal de TV ou de rádio e compartilha em seus canais, mesmo sem pedir permissão, torna-se aceitável, pois viraliza. Há alguns anos, processos seriam inevitáveis.
Percebo uma evolução, talvez involuntária, no marketing dentro da radiodifusão e da TV. As estratégias outrora rígidas parecem dar lugar a uma abordagem mais flexível e adaptativa. As emissoras começam a compreender, oxalá, que os canais digitais são aliados potenciais, não adversários. Há uma inclinação clara ao compartilhamento e à viralização, mas será que isso é inofensivo?
Quando penso na estratégia de compartilhamento, vejo que cada emissora enfrenta um dilema: produzir conteúdos para compartilhar ou não? Permitir o compartilhamento ou não? A decisão é complexa e deve estar alinhada aos objetivos e à identidade da emissora. Pessoalmente, vejo o compartilhamento como uma oportunidade importantíssima, mas reconheço que ele exige planejamento, cuidados e visão estratégica.
Impacto e engajamento
O impacto no engajamento é inegável. Muitos conteúdos são criados já com a esperança de viralizar. Este engajamento digital tornou-se um termômetro para o sucesso. Contudo, é essencial manter um equilíbrio. A busca pelo compartilhamento não deve comprometer a credibilidade do rádio e da TV. Existem limites que devem ser respeitados para evitar conteúdos prejudiciais, sensacionalistas ou que levem a consequências graves.
Conclusão
Concluindo, o título “O que é meu é seu também!” no contexto atual da radiodifusão e da TV não permite uma interpretação simples. Na minha visão, compartilhar pode ser uma estratégia poderosa, mas requer uma análise cuidadosa das consequências. Acredito firmemente que o futuro da radiodifusão e da TV depende do equilíbrio entre adaptar-se à nova realidade digital e manter a essência e os valores que sempre definiram esse meio.